Com regularidade vamos conhecendo dados sobre as mazelas que afectam o mundo dos mais novos. São múltiplas, duras e universais ainda que, como sempre, tenhamos realidades mais “amigáveis” que outras por assim dizer.
No entanto, existem muitas crianças e adolescentes que
contam uma história de sobrevivência apesar de uma estrada cheia de obstáculos e ameaças.
Vão sobrevivendo à pobreza e a famílias que as não merece e
delas não cuida, ao insucesso e abandono escolar, a uma institucionalização
muitas vezes sem projecto de vida.
Sobrevivem a maus-tratos e negligência que umas vezes são
conhecidos, mas não minimizados e outras mais são desconhecidos pelos serviços
e pela estatística, constituindo aquela percentagem que a sondagem nunca mostra
como diz Sam The Kid.
Pois a verdade, felizmente, é que parte destes miúdos vai
dar a volta por cima, vai construir um futuro que, de alguma maneira, mereça
ser vivido. Muitas histórias que conhecemos são de tal forma dramáticas que
causam a maior das perplexidades verificar como os miúdos lhes sobreviveram,
com base nos seus mecanismos de protecção internos e, certamente para alguns,
com um anjo da guarda por perto.
Se estivermos atentos, todos os dias nos cruzamos com um
sobrevivente, anónimo, desde sempre, para sempre.
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