Está em discussão pública a proposta relativa às Aprendizagens Essenciais em Matemática para o 10.º, 11.º e 12.º anos e ensino profissional. Da discussão deverá sair o programa de matemática que entrará em vigor em 2024 para o 10º ano, generalizando-se progressivamente.
No início deste período de
discussão escrevi aqui que a questão do currículo de Matemática, e não só, é
uma matéria quase que permanentemente na agenda, com mudanças sucessivas e o
conhecimento das propostas desencadeará certamente as divergências habituais, eventualmente começando logo pela própria decisão de alterar.
Acrescentei que não sendo
especialista em questões curriculares aguardaria opiniões sustentadas sobre os
programas em análise. No entanto, antecipei que duas importantes associações ligadas
à matemática e ao seu ensino, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a
Associação dos Professores de Matemática, como é habitual, teriam posições
diferentes. Assim é, hoje no Público encontram-se as primeiras apreciações
destas duas entidades e confirma-se o esperado, ou seja, uma apreciação
globalmente positiva da Associação dos Professores de Matemática e uma
avaliação globalmente negativa da Sociedade Portuguesa de Matemática.
Não sendo, como disse,
especialista em currículo e sem formação especializada em matemática, mas tendo interesse sobre o universo da educação escolar, confesso a
minha dificuldade em reflectir sobre as diferentes avaliações produzidas por especialistas em matemática e no seu ensino.
A questão que tal divergência me
suscita é se assenta, de facto, nos conteúdos programáticas propostos ou num outro
qualquer entendimento fruto de agendas para além da matemática.
A certeza que tenho, passe o
atrevimento, é que daqui a algum tempo estaremos a discutir e questionar o “novo”
programa de matemática, seja ele qual for, e com os mesmos intervenientes.
Porquê?
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