O texto de Rute Agulhas no DN, “As férias em caso de divórcio”, aborda uma situação que, com alguma frequência, é motivo de mal-estar para crianças, adolescentes e adultos e para a qual importa estarmos atentos.
A propósito uma história de férias,
aliás, de duas férias.
No último dia de aulas, a Ana foi
à biblioteca da escola entregar um livro. Quando estava para sair, o Professor
Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, disse-lhe adeus e
desejou-lhe boas férias. A Ana riu-se.
Vão ser boas Velho, vou ter duas
férias.
Duas férias Ana? Como é isso?
Primeiro vou de férias com a
minha mãe, com o amigo dela, o João, e com o Manel que é filho do João. Depois,
vou de férias com o meu pai, a amiga dele, a Sara, e com o Tito que é o filho
da Sara.
Estás contente?
Claro. Eles são todos fixes e a
gente farta-se de brincar. Brinco mais do que brincava quando vivia com o pai e
a mãe. Eles estavam sempre um bocado chateados e a gente não brincava muito. Já
viste Velho! Tinha uma família chata e agora tenho duas famílias mesmo fixes.
Sorte a tua, Ana, boas férias.
O Professor Velho tem razão, as
crianças são bem capazes de lidar com duas famílias se os adultos ajudarem.
Tantas vezes afirmo que é preferível uma boa separação a uma má família com
pais casados por fora e descasados por dentro. Esta situação não passa
despercebida às crianças e não têm como lidar com ela.
Boas férias.
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