É divulgado hoje o Relatório relativo a 2021 do Observatório da Deficiência e Direitos Humanos.
Das referências na imprensa relevam dois indicadores que não
sendo surpresa revelam o caminho que falta percorrer ma promoção e cumprimento dos
direitos das pessoas com deficiência.
Apesar do aumento do número de alunos com necessidades
especiais que frequentavam o ensino superior e que se regista, continua a
verificar-se uma enorme dificuldade no acesso ao mercado de trabalho mesmo com maior qualificação.
Em termos mais genéricos também se continua a verificar que
as pessoas com deficiência continuam mais vulneráveis ao risco de pobreza e
exclusão social.
Não são conhecidos dados relativos ao período de
escolaridade obrigatória porque, de acordo com a coordenadora do Observatório,
não foram disponibilizados pelo ME.
Na verdade, apesar do muito que já caminhámos, as crianças,
jovens e adultos com necessidades especiais, bem como as suas famílias e
técnicos sabem, sentem, que a sua vida é uma árdua e espinhosa prova de
obstáculos em múltiplas áreas, acessibilidades, educação, trabalho, segurança
social, habitação, etc., muitos deles inultrapassáveis.
Lamentavelmente, boa parte dessas dificuldades decorre do
que as comunidades e as suas lideranças, políticas ou económicas, por exemplo,
entendem ser a geometria variável dos direitos, do bem comum e do bem-estar das
pessoas, de todas as pessoas.
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