Bom, vale mais tarde que nunca. Depois da narrativa dos professores a mais que sucessivos estudos sobre a demografia docente e discente não sustentavam, depois de sucessivas decisões em matéria de políticas públicas de educação que afastaram inúmeros de professores e inúmeros potenciais professores pela falta de qualidade e adequação da carreira que tinham à sua frente, parece que … faltam mesmo professores nas nossas escolas.
O ME tomou algumas decisões com
impacto imediato, permitir que professores que recusaram horários incompletos
para não “pagarem” para trabalhar possam agora ser “repescados” e conseguir um
horário completo desenvolvendo actividades de apoio a alunos mais vulneráveis. Para além
de poder, esperemos, ter algum impacto nos horários em falta, é uma questão de
justiça.
Como já aqui referimos existem
outras medidas constantes no programa do Governo que veremos como se irão, ou
não, concretizar.
É verdade que não é fácil a
resposta imediata à falta actual e futura de professores, teria sido mais fácil
não negar a realidade e tomar decisões proactivas.
Em todo o caso, continua a ser necessário, entre outros aspectos, proceder à integração de milhares de professores contratados e já com anos de experiência, a necessidade de adequar a carreira e os requisitos de entrada na carreira, o modelo de progressão e avaliação, o ajustamento e valorização do estatuto salarial dos docentes, a promoção da sua valorização profissional e social ou a desburocratização do trabalho dos professores.
Estes aspectos parecem-me consensuais e urgentes.
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