No DN encontra-se um trabalho elucidativo sobre os efeitos do modelo de colocação de professores. São testemunhos de professores, pessoas, já com muitos anos de serviço, que percorrem o país procurando alguma estabilidade profissional.
Esta instabilidade é vivida com
custos severos do ponto de vista económico, muitos docentes mantêm duas residências,
familiares, separação forçada de filhos e cônjuges e até, do meu ponto de
vista, emocional com potenciais riscos no bem-estar e desempenho profissional.
Este cenário releva, obviamente,
de medidas de política educativa com erros de décadas e outros mais actuais.
Por outro lado, o modelo de gestão da colocação de professores carece de óbvia
alteração, designadamente, caminhando numa perspectiva de regionalização e
localização que acompanhe a necessária e regulada autonomia das escolas e
promova estabilidade.
Muitos professores, alguns com
muitos anos de experiência, vivem vidas adiadas, sem estabilidade, mantendo a dependência
familiar ou adiando a vida familiar própria.
Parece também adiada a esperança
e a confiança num futuro melhor.
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