Recorrendo a diversos depoimentos o Público apresenta um trabalho elucidativo sobre os obstáculos de diferente natureza que as pessoas com deficiência enfrentam no acesso a espaços e eventos culturais.
Não é nada de novo, apenas mais uma chamada de atenção sobre
o que está ainda por fazer no respeito dos direitos, de todos os direitos, e
bem-estar das pessoas com deficiência. São por demais evidentes as dificuldades
em áreas como, educação, saúde, trabalho e emprego, segurança social,
acessibilidades, autonomia, independência ou autodeterminação.
De facto, as crianças, jovens e adultos com necessidades
especiais, as suas famílias e muitos professores e técnicos de diferentes áreas
sabem, sobretudo sentem, um conjunto enorme de dificuldades para, no fundo,
assegurar não mais do que algo básico e garantido constitucionalmente, os seus
direitos. É assim que as comunidades estão organizadas, pelo que não representa
nada de extraordinário e muito menos um privilégio.
Como também é evidente, as minorias são sempre mais
vulneráveis, falta-lhes voz.
Afirmo recorrentemente que os níveis de desenvolvimento das comunidades
também se aferem pela forma como cuidam das minorias.
Lamentavelmente estamos num tempo em que desenvolvimento nem
sempre significa bem-estar para todas as pessoas.
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