quarta-feira, 18 de agosto de 2021

EU COMO O QUE QUERO, OU NÃO?

 Foi publicada ontem regulamentação relativa aos produtos alimentares a consumir nas escolas, bufetes e máquinas a partir do próximo ano lectivo,

A lista de produtos que deixam de estar disponíveis é extensa e inclui, como seria previsível, alguns dos alimentos de maior consumo entre os mais novos e não só.

A regulamentação de matérias que impliquem comportamentos no âmbito dos estilos de vida, consumo de álcool e tabaco são bons exemplos, despertam sempre alguma reactividade e alguns discursos que referem o excesso de intromissão em áreas que consideram do foro das liberdades individuais.

Entendo os discursos, mas compreendo e aceito que comportamentos que se transformam em sérios problemas de saúde pública possam ser objecto de regulação sem ferir os direitos e liberdades individuais. Creio no entanto, que nesta como noutras matérias também é dispensável algum fundamentalismo beatificante.

E a verdade é que apesar de alguma melhoria que se vinha a verificar a obesidade infantil é um problema sério em Portugal a que se junta o sedentarismo.  Também creio que os últimos tempos terão tido efeitos negativos nesta matéria.

Neste cenário parece-me adequado que nas políticas públicas se incluam a promoção de hábitos alimentares mais saudáveis apesar das reacções que possam suscitar ainda que, como disse acima com regulação e sem fundamentalismos.

Se todas as políticas públicas têm este efeito, promoção de bem-estar, bom, isso é uma outra questão.

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