Quem acompanha o universo da educação conhece a polémica em que a avaliação de professores tem estado permanentemente envolvida. Nos tempos que correm também assim acontece.
Uma das questões mais discutidas é
a definição de quotas em matéria de avaliação, ou seja, está limitada a
atribuição dos níveis qualitativos superiores.
Já muitas vezes me tenho aqui
referido a esta matéria que tenho alguma dificuldade em perceber como se pode
promover o mérito se, simultaneamente, se definem quotas para a excelência.
Mais uma vez vejamos. Se um qualquer profissional, à luz dos critérios, sejam
quais forem, que avaliam a qualidade do seu desempenho, merecer uma avaliação
de excelente, tem, necessariamente, de obter esse patamar, dizer-lhe que é
excelente, mas já não cabe na quota de excelência é atacar o mérito e
incentivar a desmotivação.
O cenário actual abra a porta
múltiplas abordagens, a um enorme risco da arbitrariedade e, naturalmente à
inaceitável situação de professores com excelente trabalho se verem impedidos
de que esse trabalho seja reconhecido, por vezes com a conivência de colegas e
direcções.
São recorrentes as referências a
situações que acontecem nas escolas e que são todo menos um processo justo e
transparente, qualidades imprescindíveis a qualquer sistema da avaliação de
profissionais.
Do meu ponto de vista, a
insistência, a acontecer, na manutenção de quotas é manter um terrível equívoco
que se pode traduzir, simplificando, no enunciado, “és excelente, tem
paciência, mas já não cabes”.
Não entendo.
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