quinta-feira, 3 de outubro de 2019

ECRÃS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES


Na imprensa de hoje encontrei dois trabalhos que abordam uma questão importante no contexto de vida de muitas crianças e adolescentes, os riscos do cyberbullying e no excesso de utilização de“ecrãs” sobretudo pelos mais pequenos.
Estas matérias, a presença das novas tecnologias na vida dos mais novos, são problemas novos para muitos pais, alguns deles com níveis baixos de alfabetização informática e muitos também com uma sobreutilização pouco regulada.
Como tantas vezes já tenho referido o ecrã, qualquer ecrã, é hoje a “baby-sitter” de muitíssimas das nossas crianças e adolescentes que neles, ecrãs, passam um tempo enorme “fechados”, às vezes "acompanhados" de outros miúdos tão abandonados quanto eles.
Relativamente ao cyberbullying é importante sublinhar que uma das características do fenómeno, nas suas diferentes formas, incluindo o emergente cyberbullying, é justamente o medo e a ameaça de represálias a vítimas e assistentes que, evidentemente, inibem a queixa pelo que ainda mais se justifica a atenção proactiva e preventiva de adultos, pais, professores ou funcionários. Esta dimensão proactiva de prevenção envolvendo os pais, por exemplo está bem patente na peça do JN.
Importa ainda não esquecer o risco acrescido e documentado de alunos de grupos minoritários, alunos com necessidades especiais ou com orientação sexual diversa, por exemplo.
Considerando as implicações sérias nos contetos educativos e nos riscos para os mais novos e que só estratégias proibicionistas não são muito eficazes, importa que se reflicta sobre a atenção e ajuda destinada aos pais para que a utilização  das imprescindíveis tecnologias seja regulada e protectora da qualidade de vida das crianças e adolescentes.

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