Na imprensa de hoje encontrei
dois trabalhos que abordam uma questão importante no contexto de vida de muitas
crianças e adolescentes, os riscos do cyberbullying e no excesso de utilização de“ecrãs” sobretudo pelos mais pequenos.
Estas matérias, a presença das
novas tecnologias na vida dos mais novos, são problemas novos para muitos pais,
alguns deles com níveis baixos de alfabetização informática e muitos também com uma
sobreutilização pouco regulada.
Como tantas vezes já tenho
referido o ecrã, qualquer ecrã, é hoje a “baby-sitter” de muitíssimas das
nossas crianças e adolescentes que neles, ecrãs, passam um tempo enorme
“fechados”, às vezes "acompanhados" de outros miúdos tão abandonados
quanto eles.
Relativamente ao cyberbullying é
importante sublinhar que uma das características do fenómeno, nas suas
diferentes formas, incluindo o emergente cyberbullying, é justamente o medo e a
ameaça de represálias a vítimas e assistentes que, evidentemente, inibem a
queixa pelo que ainda mais se justifica a atenção proactiva e preventiva de
adultos, pais, professores ou funcionários. Esta dimensão proactiva de
prevenção envolvendo os pais, por exemplo está bem patente na peça do JN.
Importa ainda não esquecer o
risco acrescido e documentado de alunos de grupos minoritários, alunos com
necessidades especiais ou com orientação sexual diversa, por exemplo.
Considerando as implicações
sérias nos contetos educativos e nos riscos para os mais novos e que só estratégias proibicionistas não são muito
eficazes, importa que se reflicta sobre a atenção e ajuda destinada aos pais
para que a utilização das imprescindíveis tecnologias seja regulada e protectora da qualidade de
vida das crianças e adolescentes.
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