Escolas. Temos de lhes dar mais autonomia?
A autonomia das escolas e
agrupamentos é, reconhecidamente, uma ferramenta de desenvolvimento da sua
qualidade, pois permite que os seus recursos, modelos de organização e
funcionamento, oferta educativa, etc. se ajustem às especificidades de contexto
e, assim, melhor possam responder à população que servem, a toda a população,
evidentemente, de acordo com as suas necessidades.
Certamente por isto, não há como
negar, a defesa da autonomia das escolas é parte da retórica de qualquer equipa
que entre na 5 de Outubro.
No entanto e como é observável, o
sistema educativo continua, pois, altamente centralizado e com uma carga de
burocracia asfixiante apesar do “upgrade” tecnológico, ou seja,
“plataformizou-se” mas a burocracia centralizada continua imensa.
A decisão central sobre a oferta
de escola à revelia dos projectos sustentados as escolas ou a decisão sobre
número e constituição das turmas são apenas alguns exemplos muito claros desta
centralização.
Tudo isto radica numa questão
nuclear, apesar da retórica da autonomia e como é evidente, as sucessivas
equipas ministeriais não confiam nas escolas, nos seus órgãos e
nos professores. Assim sendo, são os Serviços que analisam e decidem sobre boa
parte da vida das escolas, incluindo dimensões que se inscrevem no âmbito da
autonomia atribuída. Elucidativo.
Há ainda que considerar que o
movimento de municipalização da educação transfere competências para as
autarquias também diminui a autonomia das escolas e agrupamentos conforme
muitos directores têm referido e o maior grau de autonomia com que funciona o sub-sistema privado de ensino.
Neste cenário alimenta-se a sempre presente tentação de controlo político do sistema educativo o que uma real autonomia certamente dificulta.
Neste cenário alimenta-se a sempre presente tentação de controlo político do sistema educativo o que uma real autonomia certamente dificulta.
Tudo dentro da normalidade,
evidentemente. É assim a PEC – política Educativa em Curso.
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