O I noticia hoje a existência de um movimento de professores fora da tutela das estruturas sindicais que começa a ganhar corpo e a emergir no sentido de reagir à situação instalada no universo da educação.
O movimento parece organizar-se em torno de uma ideia de contestação à política educativa do ME e assente na ideia central de defesa da Escola Pública. Sem conhecer os contornos mais objectivos das perspectivas dos professores envolvidos, parece-me, à partida, uma boa causa.
No entanto, esta nota vai mais no sentido de sublinhar a importância que do meu ponto de vista assume uma posição forte dos professores sobre as matérias da educação e fora das decisões da agenda das estruturas sindicais e das diversas lideranças políticas, no governo ou na oposição, que se inscrevem, por sua vez, na gestão dos interesses político-partidários da partidocracia instalada que determinam boa parte do ruído e clima instalados.
Lembro que em Março de 2008 a manifestação de protesto contra a política subscrita por Maria de Lourdes Rodrigues mobilizou mais de 100 000 professores e constituiu-se, creio, como um primeiro grande sinal de protesto que ultrapassou a “luta sindical”.
Talvez movimentos desta natureza sejam uma resposta interessante no âmbito da participação cívica fora dos interesses capturados pelas agendas partidárias, da qual um exemplo também significativo e recente foi o resultado obtido por Fernando Nobre nas eleições presidenciais.
Vamos ver os desenvolvimentos.
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