Apesar da tolerância decorrente da oportuna tolerância de ponto a propósito da oportuna visita do Papa, que ajuda a esbater o impacto da esperada e hoje anunciada subida de impostos, não é possível evitar uma referência.
O descalabro a que as elites nacionais e internacionais conduziram a economia e os mercados financeiros determinou a necessidade de medidas que, como sempre, sobrariam para a generalidade dos cidadãos através do aumento de impostos e menos, apesar dos esforços, para o controlo da despesa, como aliás ontem referi.
Talvez inspirado pela estadia do Papa ou ainda pela euforia do benfiquismo porque não um nota de optimismo, não se zanguem, é só para não me deprimir.
E se de repente a elite política em Portugal, e não só, começasse a entender que a acção política deve ser norteada pelo bem-estar comum não por interesses partidários.
E se de repente se entendesse que um modelo de desenvolvimento social e económico que promove assimetrias e um fosso inaceitável entre os mais ricos os mais pobres deveria ser alterado.
E se de repente se percebesse que mesmo em mercado abertos e sociedades democráticas os princípios éticos não podem ser hipotecados.
E se de repente se percebesse que justiça social não é incompatível com um desenvolvimento económico.
E se de repente se decidisse que não são aceitáveis excessos obscenos em remunerações e regalias que ofendem a dignidade da generalidade das pessoas.
E se de repente percebêssemos que juntos, apesar de diferentes, é mais fácil.
E se repente ...
Ora, não acredito.
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