sábado, 1 de maio de 2010

UM PAÍS AMIGO E SOLIDÁRIO

No dia 1 de Maio é natural que a agenda nos direccione para questões relativas ao trabalho e aos problemas dos trabalhadores.
Nesta linha, o DN apresenta uma peça a partir de dados do INE de que releva o facto de cerca de 45% dos jovens acederem ao mercado de trabalho com a ajuda de amigos e família e de que os mais escolarizados são os que demoram menos tempo a conseguir um emprego. Este segundo aspecto sublinha o que todos sabemos e nunca é de mais lembrar, é fundamental a qualificação dos cidadãos, nunca se estuda de mais. É preciso, no entanto, não confundir qualificação com certificação para a estatística como muitas vezes acontece, designadamente, em iniciativas no âmbito do Programa Novas Oportunidades.
Mas voltando à peça do DN quero registar com muito agrado o papel dos amigos no acesso ao mercado de trabalho. O jornal refere-se, maliciosamente já se vê, a cunhas o que me parece de uma fortíssima injustiça.
Passamos o tempo a clamar contra uma sociedade pouco atenta e solidária para com os mais necessitados, contra a frieza das relações entre as pessoas. Pois aqui está um veemente desmentido. As amizades conseguem quase 50% dos empregos para os mais jovens. Uma sociedade com tal nível de solidariedade e preocupação com os mais novos é, obviamente, uma sociedade com futuro, deixa-me optimista.
Já não se torna necessário o apelo cantado por Sérgio Godinho, “Arranja-me um emprego”, a sociedade cresceu, amadureceu e tornou-se solidária.

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