Ontem realizou-se em Évora mais um encontro de lançamento do livro “O que se passa na infância não fica na infância” publicado pela Editora d´ideias. Trata-se de uma iniciativa do Professor João Pedro Gaspar e do Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Coimbra Paulo Guerra.
O livro recolhe histórias da
infância de cinquenta pessoas de alguma forma ligadas ao mundo da infância, da sua
protecção e da promoção dos seus direitos. Tive o privilégio de ser convidado e
partilhar memórias da minha infância que certamente sustentaram o que tem sido
a minha vida já longa.
A conversa, após a apresentação
do livro realizada pelos coordenadores e pelos Professores Rui Godinho e Rute
Agulhas, mostrou que, apesar do caminho percorrido, ainda muito está por fazer
em matéria de promoção do bem-estar da infância.
Como por aqui já tenho escrito,
apesar de existirem diferentes dispositivos de apoio e protecção às crianças e
jovens e de existir legislação no mesmo sentido sempre assente no incontornável
“superior interesse da criança", não possuímos ainda o que me parece mais
importante, uma cultura sólida de protecção das crianças e jovens como alguns
exemplos regularmente evidenciam.
Retomo a citação de Benedict
Wells em “O fim da solidão”, “Uma infância difícil é como um inimigo invisível.
Nunca se sabe quando nos vai atingir” com que terminei a minha história para o
livro.
Um renovado agradecimento pelo
convite a participar e … leiam “O que se passa na infância não fica na infância”.
É duro, é bonito e deixa-nos a pensar no futuro dos miúdos. É já amanhã.
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