Um dos mais conhecidos e prolíficos palpitólogos do reino, com formação em tudologia, o Dr. Miguel Sousa Tavares, desenvolveu ao longo do tempo, vá lá saber-se porquê, um ódio de estimação pelos professores, pela classe dos professores.
Assim sendo e como oportunidades
não faltam para perorar a quem tem tanto para dizer, o Dr. Tavares vai
produzindo regularmente umas prosas em que procura arrasar uma classe de
preguiçosos, incompetentes, privilegiados e improdutivos profissionais que,
apesar deste conjunto de "virtudes", políticas públicas inadequadas e
a deriva das agendas partidárias, tem conseguido trazer os alunos portugueses
para níveis de resultados bem mais aceitáveis como comprovam os estudos
internacionais e, certamente por milagre, terão dado o seu modesto contributo
para a formação da tão apregoada mais qualificada geração de portugueses que, lamentavelmente, tem de partir à procura de um futuro que por aqui não encontra.
Como seria previsível, o actual
processo de reivindicação dos professores foi o último pretexto para mais uma
catilinária contra os professores. Nada de novo na escrita, a arrogância habitual,
a ignorância habitual, os preconceitos habituais, enfim, o habitual discurso
conclusivo e sem dúvidas de quem nunca se engana.
O que já me admira um pouco é que
aparecem sempre algumas pessoas, professores naturalmente, que se sentem
indignadas pelo tratos do Dr. Tavares e tentam responder, claro que sem
visibilidade, mais frequentemente através das mais acessíveis, mas nem sempre
virtuosas redes sociais, ou suportes da mesma natureza e algumas intervenções
também na imprensa.
Nestas iniciativas, os autores
tentam rebater com empenho e seriedade, com números, com dados, com factos, as
enormidades ignorantes e preconceituosas do Dr. Tavares e é isso que me admira.
Estes registos não são compatíveis, ou seja, um discurso assente em
preconceito, em definitivos juízos de valor, em achismos, em ignorância, é,
obviamente, imune a uma resposta que não seja no mesmo registo e por isso nada
se altera. Se por acaso o Dr. Tavares lesse algumas das respostas que se
conhecem, concluiria, evidentemente, que estava tudo errado porque sim, porque
ele é que está certo. Ponto.
No entanto, tal como fazem com os
seus alunos, os bons professores, a grande maioria, não desistem e vão tentando
que o Dr. Sousa Tavares saiba alguma coisa deste mundo dos professores e das
escolas para além da sua experiência pessoal.
Não há saco.
2 comentários:
Realmente!...não há saco para esse "sr"!...😡
Mais um imbecil a ganhar balúrdios para dizer mal de quem trabalha. Nem parece filho da mãe que o pariu. Todas as famílias têm uma nódoa!
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