Como se costuma dizer por aqui, num monte e a qualquer altura só não há trabalho se um homem não quiser.
Nesta altura do ano vai sendo
tempo de começar a limpar os pés-de-burro, os rebentos que surgem no tronco e na base das oliveiras.
Para além de ficarem mais bonitas,
a limpeza permite ter material que depois de triturado vai para compostagem e a
terra da horta vai beneficiar.
Felizmente, por estes dias em que, lamentavelmente, não temos a companhia do Mestre Zé, contamos
com mão-de-obra acrescida, os netos, o Simão e o Tomás, estão por cá. É certo
que não aguentam muito tempo, mas enquanto “duram” trabalham com empenho. Espero
que não constitua um caso de utilização indevida de mão-de-obra infantil.
Assim, esta manhã e até o calor
começar a ficar áspero, equipados com sacho, enxada, tesoura e tractor para carregar, andámos os três na lida dos pés-de-burro. E rendeu,
tenho um moitão para triturar no fim da tarde. Depois, bom depois, foram para uns mergulhos no tanque da rega que sendo alimentado pela nascente que felizmente ainda corre tem a água está sempre fria.
Talvez não sejam aprendizagens essenciais, não constam do currículo escolar, mas eles divertem-se a sério. E eu com eles.
Agora que calor aconselha a ficar
debaixo de telha, por estranho que possa parecer, divertem-se a brincar às
escolas, o Simão, 4º ano, está a “dar aulas” ao Tomás que vai começar o 1º ano
e pede para ler “coisas”.
E são, também assim, os dias mágicos
do Alentejo. São essenciais para nós.
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