Em Julho fui convocado para cumprir o protocolo anual da consulta da medicina do trabalho, uma boa invenção, apesar de estranhar fazê-lo na condição de aposentado ainda que com alguma actividade profissional.
Entre as observações e exames por
que passei realizei um rastreio visual. Lá me esforço por disfarçar limitações
e fui brindado com um forte elogio à minha visão ao longe. Acho mesmo que,
passe a imodéstia, impressionei a técnica, "100% por cento de visão com os
dois olhos, é muito bom na sua idade", disse. É claro que fiz de conta que
não ouvi a simpática referência à idade que já me deveria ter condenado a ver
mal ao longe, tal como vejo mal ao perto.
Fiquei a pensar e gostava de
poder trocar. Gostava de ver bem ao perto, o que está perto cada vez me parece “mais
mal”, não gosto mesmo de muito do que vejo por perto. Nem com a mudança de
lentes o que anda por perto me parece bem.
Por outro lado, não me adianta
muito ver bem o que está longe, está longe, ainda não está próximo. Quando
estiver próximo certamente passarei a ver mal.
Não sei como poderei resolver
este problema.
Bom, tenho sempre a possibilidade
de fechar os olhos ou fingir que não vejo. É uma questão de experimentar. Para
muita gente funciona.
Sem comentários:
Enviar um comentário