A terminologia que vai sendo criada em matéria de educação, aliás, como noutras áreas, deixa-me vezes um pouco confuso, deve ser da idade, ou pior, da ignorância. Um dos últimos exemplos remete para a definição de aprendizagens essenciais, coisa que não me parece assim muito clara.
Aparentemente, as aprendizagens não constituirá matéria para férias, é coisa da escola. A questão é
que existirão muitas aprendizagens que sendo essenciais, não constam dos
conteúdos curriculares, ficam para as férias por exemplo.
Por aqui no Monte a tarefa básica
de Verão é a rega da horta e dos pomares e a plantação mais tardia de alguma
coisa que acabará na mesa. Daqui a uns dias começamos na limpeza dos pés de burro das oliveiras que faz bem à árvore e facilita a apanha da azeitona que este ano não será tanta como no ano passado
A rega é uma tarefa em que os meus netos gostam de colaborar, Ontem ao fim da tarde o Simão e o Tomás, ajudaram na rega de uns sobreiros novos que ainda
precisam de água para se fazerem. E se ajudaram! Encheram a cisterna depois de colocada no tractor e iam regando os sobreiros, ficando para mim a condução, um trabalho leve. Eles acham que eu já estou assim um bocado velhinho para estar a subir e descer do tractor. Um exagero simpático, é claro.
É uma actividade que, naturalmente, não
fará parte do currículo escolar, mas tenho a certeza que, tal como eu, a consideram uma
aprendizagem essencial.
E são, também assim, os dias de
calor áspero do Alentejo.
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