É incontornável. Há 20 anos aconteceu o que poucos pensávamos ser possível, o ataque às torres do World Trade Center e ao Pentágono.
Talvez seja das poucas ocasiões em
que podemos afirmar com justeza que o 11 de Setembro de 2001 foi o primeiro dia
das nossas vidas, nada ficou como dantes.
Daí para cá foram-se
multiplicando episódios em diversas latitudes fazendo com que nos faltem as
palavras para falar do horror e da barbaridade que vão acontecendo e cada vez
mais perto de nós. Sei também da inutilidade deste texto, ainda assim aqui
fica.
A mediocridade das lideranças
actuais da generalidade dos países e entidades que põem e dispõem no xadrez do
poder mundial e de tantos outros subservientes e submissos que, em muitos
casos, de pessoas não sabe nem quer saber, permite, sem um sobressalto e com
palavras que de inócuas são um insulto, que se assista à barbaridade obscena
que as imagens, os relatos mostram e o muito que se imagina, mas não se vê.
Por falar em lideranças vale a
pena registar que esta efeméride coincide com partida de Jorge Sampaio, um
líder que nos obriga a considerar que, não, não todos iguais, existem Homens
como Jorge Sampaio, mas menos do que precisávamos.
Crescem muros, morre gente
inocente, milhões de vidas destruídas, a barbaridade estende-se, o horror é
imenso e, por vezes, nem a retórica da condenação é convincente e muitos menos
é eficaz, evidentemente.
A questão é séria, os ventos
sempre semeiam tempestades e as tempestades num mundo global já não ficam
confinadas nos epicentros.
Não existe terror mau e terror
bom. Não existe horror mau e horror bom. Não existe terrorismo bom e terrorismo
mau, não existe democracia sem direitos humanos.
Como é possível que tanta coisa aconteça
e tanta gente com responsabilidades assobie para o ar e se fique pelas palavras
de circunstância?
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