sábado, 27 de março de 2021

VACINAS

 Parece-me claro que o universo da educação em Portugal é hoje marcado pelo início da vacinação da comunidade profissional, docentes e pessoal não docente, afecto à educação pré-escolar e ao 1º ciclo.

Ao que a imprensa refere, apesar de algumas vicissitudes nas marcações e convocatórias, o processo está decorrer sem grandes sobressaltos e com uma adesão significativa dos destinatários.

Nos últimos dias proliferaram dúvidas e receios envolvidos em discursos algumas vezes mais emocionais que racionais. A comunicação de alguns responsáveis nacionais e internacionais e o estranho processo de suspensão da vacina destinada a este grupo também não ajudou à serenidade.

Não sendo especialista, dificilmente o seria no meio de tantos milhares, sei que as vacinas, todos os medicamentos, contêm algum tipo de risco que basicamente estará identificado e sei também que estão envolvidos interesses económicos muito significativos.

No entanto, parece-me também claro que a vacinação representa um ganho civilizacional que poupa a morte ou sequelas significativas a muitos milhares de crianças e adultos pelo mundo inteiro, recordo por exemplo, como o sarampo ou a varíola eram devastadores antes das vacinas. Aliás, quando reparamos nas taxas de mortalidade de algumas doenças verificada em países que não conseguem assegurar campanhas de vacinação generalizadas percebemos isso com clareza.

Assim sendo, é sempre com alguma preocupação que em nome de valores, certamente legítimos, mas que necessitam de ponderação, se possa decidir por comportamentos que manifestamente são causadores de riscos para sai e para a comunidade. Recordo os efeitos dramáticos da decisão de muitos pais que com base num argumentário falsificado decidiram impedir os seus filhos de tomar a vacina contra o sarampo.

Neste contexto, creio que com o avanço do processo de vacinação aos diferentes grupos nos iremos todos sentindo mais seguros e mais protegidos.

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