Ao longo da narrativa que vamos escrevendo creio que todos já nos cruzámos com pessoas que, por uma razão ou por outra, ficam para sempre connosco.
Por vezes, acho que nem sabemos explicar porquê, apenas
sentimos que são boas para nós, fazem-nos bem. Existe uma espécie de indizível
razão, ou razões, para que isso aconteça. Chamo-lhes Pessoas Sol.
Apesar da banalidade da imagem, peço desculpa, quase sempre
têm a enorme capacidade de tornar claro, de iluminar o mundo através dos seus
olhos e das suas falas. São assim uma espécie de bússola ou, quando à
distância, uma espécie de farol que baliza o rumo. Também funcionam como porto
de abrigo a que voltamos quando as águas da vida andam mais turbulentas
São pessoas que sempre nos ocorrem quando o mundo pesa e
pensamos, fazia-nos falta a Pessoa Sol. Acontece até que talvez nem precisassem
de falar, bastava que estivessem e o mundo pareceria melhor.
Tenho a certeza que as Pessoas Sol para conseguirem iluminar
por fora, para fora, são iluminadas por dentro, são sábias, são mestres, são
serenas. São tão sábias que são capazes de nos mostrar o que nunca viram.
Hoje, sem ser por acaso, lembrei-me do meu pai e da minha
avó Leonor, duas Pessoas Sol que me mostraram a minha estrada e há muito que
cumpriram a sua.
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