segunda-feira, 22 de março de 2021

NÃO HÁ VOLTA A DAR

 Não há volta a dar. Acabei de ter mais uma aula em modo não presencial.

Certamente por incapacidade ou incompetência continuo com uma enorme dificuldade em entender o ensino à distância como uma alternativa a não ser em contextos e modelos específicos e para ofertas formativas também específicas.

O ensino à distância, quando de facto é ensino à distância e não aulas através de um suporte digital, disponibiliza um conjunto enorme e importante de ferramentas, mas, num quadro global dos sistemas de ensino, do básico ao superior, não substitui o ensino presencial.

Como é óbvio, também sei que o ser presencial não garante, só por si, qualidade no ensino e na aprendizagem. A qualidade nos processos educativos é uma matéria complexa e associada a múltiplas variáveis.

Nesta altura também já se fala do regresso do ensino superior ao modo presencial. Parece, felizmente que se resiste à eventual tentação de substituir o ensino presencial por más práticas de ensino à distância com objectivos nem sempre muito claros, mas em nome da mudança e inovação.

Mesmo já para além da carreira docente formal, terminou o ano passado, cada aula que ainda lecciono só ganha mesmo sentido quando tenho os alunos à beira, próximos, inteiros.

Como sabem, estar à vista não é estar próximo. Começa cedo, tantos miúdos que estando à vista dos pais, não estão tão próximos quanto precisariam, uns e outros.

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