Não há volta a dar. Acabei de ter mais uma aula em modo não presencial.
Certamente por incapacidade ou incompetência continuo com
uma enorme dificuldade em entender o ensino à distância como uma alternativa a
não ser em contextos e modelos específicos e para ofertas formativas também
específicas.
O ensino à distância, quando de facto é ensino à distância e
não aulas através de um suporte digital, disponibiliza um conjunto enorme e
importante de ferramentas, mas, num quadro global dos sistemas de ensino, do
básico ao superior, não substitui o ensino presencial.
Como é óbvio, também sei que o ser presencial não garante,
só por si, qualidade no ensino e na aprendizagem. A qualidade nos processos
educativos é uma matéria complexa e associada a múltiplas variáveis.
Nesta altura também já se fala do regresso do ensino
superior ao modo presencial. Parece, felizmente que se resiste à eventual tentação
de substituir o ensino presencial por más práticas de ensino à distância com
objectivos nem sempre muito claros, mas em nome da mudança e inovação.
Mesmo já para além da carreira docente formal, terminou o
ano passado, cada aula que ainda lecciono só ganha mesmo sentido quando tenho
os alunos à beira, próximos, inteiros.
Como sabem, estar à vista não é estar próximo. Começa cedo,
tantos miúdos que estando à vista dos pais, não estão tão próximos quanto
precisariam, uns e outros.
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