Ontem escrevi aqui um texto sobre a questão da avaliação nas ciscunstâncias particulares deste 2.º período. Hoje lembrei-me de uma história ainda sobre a avaliação.
Uma dia, a Professora Maria João que estava pela primeira vez na escola e com um grupo do 2.º ano cruzou-se com o Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros.
Olá Maria João, és das primeiras pessoas que vejo hoje com um sorriso.
É verdade Velho, vinha a rir-me ainda da conversa de há minutos com o Gonçalo. Ele tinha acabado um trabalho e veio mostrar-me. Conheces o Gonçalo, aquele pequenito com um olhar vivo e sempre a fazer perguntas.
Sim conheço e então que aconteceu?
Disse-lhe que o trabalho estava excelente, ele olhou para o trabalho e para mim alternadamente e acabou por me perguntar "Professora, agora já sou esperto?". Fiquei um pouco admirada com a questão e perguntei-lhe porque a colocava. Explicou-me que a colega, a colega do ano passado estava sempre a dizer que ele era incapaz, que nunca fazia as coisas bem feitas. Lá lhe disse que o achava um miúdo esperto que quando se organizava para fazer os trabalhos os fazia bem feitos. Nem imaginas o que ele me disse a seguir, Velho.
Agora estou curioso.
Abriu bem os olhos, que se riam mais do que a boca, e disse-me que ia dizer à mãe que agora já era esperto. Ela vai ficar muito contente, acrescentou.
Pois é Maria João, nós professores talvez não consigamos tornar os miúdos mais “espertos”, mas, estranhamente, podemos torná-los mais “burros”.
Tens razão Velho, às vezes, alguns de nós esquecem-se disso.
Poucas vezes, felizmente.
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