terça-feira, 2 de março de 2021

MAS AS CRIANÇAS, SENHORES

 Lê-se no Público que a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens está a elaborar um plano de acção para 2021 e 2022, Estratégia Nacional para os Direitos da Criança.

A Estratégia Nacional para os Direitos da Criança estender-se-á até 2024 e é articulada com as políticas europeias em matéria de direitos das crianças definidas pelo Conselho da Europa.

O plano em construção tem como objectivos responder aos problemas que afectam os mais novos e foram amplificados pela pandemia. De facto, parece clara a evidência de que os indicadores de pobreza infantil, violência intrafamiliar, doença mental, incluindo dependência de ecrã se agravaram neste período.

Como afirma a Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, Rosário Farmhouse, as crianças “são as menos infectadas, mas as mais afectadas pela pandemia.”

Fico sempre algo céptico a projectos de grande dimensão cuja operacionalização, monitorização e avaliação são mais complexos, mas a verdade é que existem problemas muito significativos a afectar muitíssimas famílias e crianças.

As palavras de Augusto Gil de 1909 continuam tragicamente actualizadas.

(...)

Mas as crianças, Senhor,

porque lhes dais tanta dor?!...

Porque padecem assim?!..

(...)

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