Era uma vez um rapaz chamado Especial. Andava na escola e a vida do Especial não era muito fácil. Não se mexia tão bem como os outros miúdos e nem sempre tinha quem o ajudasse a subir as escadas, que era o mais difícil. Tinha alguns amigos que, às vezes, o ajudavam mas nem sempre estavam por perto e tinha de chamar a D. Maria, uma auxiliar que gostava muito dele, que também gostava dela. É assim, a gente gosta de quem gosta da gente. Em algumas coisas da escola também tinha dificuldade mas aí tinha a ajuda do João e da Maria que acabavam depressa as tarefas deles e vinham trabalhar com ele. O Especial gostava deles.
Uma vez estava o Especial na biblioteca, ele não sabia ler muito bem mas gostava de ver livros com animais, e apareceu o Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, a saber se estava tudo bem.
Velho, ser assim como eu, um Especial, é mau não é?
Porque perguntas?
Acho que muitas pessoas olham para mim, ficam com pena e não me ligam.
Especial, tu achas que ser como eu, um Velho, é mau não é?
Não Velho, eu acho piada aos velhos como tu e o meu avô, sabem muitas histórias.
Mas há pessoas que olham para mim e pensam, coitado, já tão velho.
E então?
As pessoas, muitas vezes, assustam-se com aquilo que é diferente delas. Para disfarçar o medo, ou não ligam às pessoas para não verem a diferença, ou têm pena delas e ficam a pensar que são boas pessoas. No fundo, estão convencidas que são iguais.
Ó Velho, então se calhar eu ando devagar mas também lá chego, e tu és Velho porque já lá chegaste.
É, ninguém tem um caminho igual.
Uma vez estava o Especial na biblioteca, ele não sabia ler muito bem mas gostava de ver livros com animais, e apareceu o Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, a saber se estava tudo bem.
Velho, ser assim como eu, um Especial, é mau não é?
Porque perguntas?
Acho que muitas pessoas olham para mim, ficam com pena e não me ligam.
Especial, tu achas que ser como eu, um Velho, é mau não é?
Não Velho, eu acho piada aos velhos como tu e o meu avô, sabem muitas histórias.
Mas há pessoas que olham para mim e pensam, coitado, já tão velho.
E então?
As pessoas, muitas vezes, assustam-se com aquilo que é diferente delas. Para disfarçar o medo, ou não ligam às pessoas para não verem a diferença, ou têm pena delas e ficam a pensar que são boas pessoas. No fundo, estão convencidas que são iguais.
Ó Velho, então se calhar eu ando devagar mas também lá chego, e tu és Velho porque já lá chegaste.
É, ninguém tem um caminho igual.
1 comentário:
Uma curta e bonita história que nos alerta para a discriminação e exclusão social, assim como as necessidades de educação especial.
E a penúltima frase.. muito bem apanhado e, apesar de tudo, nada mais que a verdade.
Gosto dos seus textos como este e interessam-me os de política. Fico contente por uma amiga minha, e sua aluna, me ter indicado o seu blog... continuarei a visitá-lo.
Enviar um comentário