É conhecido que fundamentalmente devido aos constrangimentos de funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, sobretudo no que respeita às infindáveis listas de espera, se tem assistido a um aumento significativo do recurso aos seguros de saúde. No entanto, também nesta área temos que estar permanentemente atentos para evitar situações de algum risco. O JN refere hoje a frequência com que estabelecimentos privados de saúde remetem para os serviços públicos os pacientes que esgotam os limites previstos nos respectivos seguros. Esta situação é relatada na área da obstetrícia e ginecologia e começa com uma situação de publicidade enganosa pois as pessoas não são avisadas da inexistência de capacidade de resposta para situações mais complicadas, presumindo que encontrarão a resposta adequada e coberta pelo seu seguro de saúde. Pois nem uma coisa nem outra, não encontram resposta adequada nem vêem cobertos todos os gastos. O presidente do Colégio da Especialidade Ginecologia/obstetrícia da Ordem dos Médicos refere a propósito, que nenhuma maternidade privada está equipada com unidade de cuidados intensivos neonatais o que obriga a transferências para estabelecimentos do SNS, embora as pessoas, por falta deliberada de informação, esperem encontrar a resposta necessária no estabelecimento a que recorrem. Estas transferências também ocorrem quando são ultrapassados os limites de cobertura dos seguros.
Acabamos sempre por, naturalmente, concluir pela imprescindibilidade de um Serviço Nacional de Saúde eficaz e da necessidade de regulação das práticas e da qualidade dos serviços de saúde privados.
Acabamos sempre por, naturalmente, concluir pela imprescindibilidade de um Serviço Nacional de Saúde eficaz e da necessidade de regulação das práticas e da qualidade dos serviços de saúde privados.
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