Vindo do meu Alentejo e pensando na retoma (que palavra mal escolhida) deste contacto, comecei a olhar para imprensa, alguma, do fim-de-semana. A propósito da campanha de recolha do Banco Alimentar que decorre estes dias, aparecem referências aos quase dois milhões de portugueses em risco de pobreza, dados do INE, ao aumento de 10% dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção durante o último ano e ao aumento exponencial do preço e escassez de bens essenciais de alimentação. O Ministro Jaime Silva diz que a situação não é particularmente grave porque estamos na Europa. Acho que só ele acredita. Sabemos também que, durante o último ano, quase triplicaram os pedidos de ajuda à AMI e vimos nos jornais televisivos várias peças sobre pobreza e exclusão que intervalavam com imagens do filme “A pequena Maddie” estreado há um ano. Este retrato da nossa comunidade parece suficientemente preocupante para justificar intervenções políticas sérias e realistas e a necessidade de repensar modelos de desenvolvimento, designadamente, toda a política agrícola, mas não, muitos dos nossos líderes políticos continuam convencidos de que a realidade está enganada, eles é que estão certos.
Na mesma linha animadora soubemos que a mulher portuguesa é a que, segundo um estudo envolvendo vários países europeus, mais dificuldade tem em conciliar vida familiar e vida profissional, sendo que temos uma das mais altas taxas de mães de crianças pequenas a trabalhar a tempo inteiro. Naturalmente que, depois, vemos múltiplas referências à educação familiar, melhor, à falta dela. Outro bom indicador do estado da arte em matéria de valores resulta de um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Univ. de Lisboa revelando que 70% dos inquiridos considera “erradas” as relações homossexuais. Mesmo entre os mais novos a reprovação nunca desce abaixo de 53%. Como referência, em França 80% dos jovens inquiridos sobre a mesma questão aceitam essas relações.
Creio que precisamos de abrandar um pouco e repensarmos isto tudo.
Na mesma linha animadora soubemos que a mulher portuguesa é a que, segundo um estudo envolvendo vários países europeus, mais dificuldade tem em conciliar vida familiar e vida profissional, sendo que temos uma das mais altas taxas de mães de crianças pequenas a trabalhar a tempo inteiro. Naturalmente que, depois, vemos múltiplas referências à educação familiar, melhor, à falta dela. Outro bom indicador do estado da arte em matéria de valores resulta de um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Univ. de Lisboa revelando que 70% dos inquiridos considera “erradas” as relações homossexuais. Mesmo entre os mais novos a reprovação nunca desce abaixo de 53%. Como referência, em França 80% dos jovens inquiridos sobre a mesma questão aceitam essas relações.
Creio que precisamos de abrandar um pouco e repensarmos isto tudo.
Sem comentários:
Enviar um comentário