sexta-feira, 2 de maio de 2008

A MINHA ESCOLA

(Foto de Mico)

A minha escola é uma escola pequena. Dessas que estão a fechar, parece que já não há alunos.
Na minha escola ensinam-me muitas coisas. As que eu já sabia, mas não sabia que sabia e as que preciso de saber mas não sabia que precisava. Também gosto da minha professora. É mesmo professora. Sabia o que eu sabia e ainda sabia o que eu precisava de saber e ainda não sei.
Também gosto dos meus colegas e gosto de gostar deles, são meus amigos. Eles também gostam de mim e eu gosto quando gostam de mim.
Pronto. Já acabei o trabalho sobre a escola que eu gostava de ter.

1 comentário:

Elfrida Matela disse...

Peço desculpas pelo que vou dizer e que poderá não fazer grande sentido. Mas é que, desta vez, para além do conteúdo do texto, o que me prendeu a atenção foi a sua cadência, o seu ritmo que me transportaram numa viagem a um tempo que já passou quando, para introduzir a temática do Marketing, lia para os meus alunos um poema, ou melhor partes de um longo poema de F. Namora que nos define Marketing, como mais ninguém conseguiria definir. E com a mesma cadência deste texto.
Ora vejam só este bocadinho:
"(...)
Vi uns homens a inaugurarem estátuas
e vi fardas e paradas e conferências
e crianças a sorrir
para os homens sorridentes que inauguravam estátuas
e vi homens que falavam e pensavam por mim
a escolherem por mim o bom e o mau
de modo a que eu não possa ser tentado
a confundir o mau com o bom ou vice-versa ou vice-versa.
(...)
e têm todas as verdades na mão
só para que eu seja um bom cidadão.
É isto: marco o rumo.
(...)
Preciso e gosto de uma data de coisas
e só agora o sei.
Menos da Sagres. Mas acabarei por gostar.
Ninguém contraria o marketing por muito tempo.
Ninguém contraria os fabricantes de bem fazer
o bom cidadão."