O estudo hoje apresentado pelo Conselho Nacional de Educação, sinteticamente referido pelo Público, vem sublinhar o que de há muito tem vindo a ser considerado um dos fortes constrangimentos do nosso sistema educativo, a desarticulação entre ciclos e a excessiva pulverização curricular no 2º ciclo que se tem mantido devido, em meu entendimento, a falta de coragem política de sucessivos governos. A urgente alteração deste quadro motivará, certamente, algumas reacções corporativas, designadamente, das estruturas sindicais dos professores levantando o espectro do desemprego entre os professores. Esta situação não tem que necessariamente acontecer, pois tratar-se-ia, sobretudo, de uma reorganização de recursos, afectando mais professores a dispositivos de apoio a alunos, por exemplo.
Quero ainda sublinhar que, para além dos aspectos referidos pelo Público e constantes do estudo do CNE, a promoção de qualidade no nosso sistema educativo exigiria, com a maior brevidade, a definição de dispositivos de apoio aos alunos que procedessem capazmente à avaliação das dificuldades logo no seu início e desenvolvessem estratégias de apoio eficazes a alunos e professores. Penso que seria também importante repensar as ofertas no âmbito da Escola a Tempo Inteiro. Para além do esforço a fazer no sentido de permitir que as famílias tivessem mais tempo para os filhos, através da reorganização do trabalho, por exemplo, é imprescindível que aquelas actividades percam o seu carácter “escolar” e diversifiquem o tipo de tarefas em que as crianças se envolvem, considerando o número excessivo de horas que passam na escola. Parece ainda importante que, considerando a diversidade da população escolar se incentive e ajude os professores à diversificação de metodologias. Finalmente, sem um modelo sério e competente de avaliação dos professores e de autonomia das escolas, parece-me impossível o desenvolvimento qualitativo do nosso sistema educativo que, falhando sistematicamente as oportunidades proporcionadas aos alunos, ficará refém de sucessivas e remediativas Novas Oportunidades.
Quero ainda sublinhar que, para além dos aspectos referidos pelo Público e constantes do estudo do CNE, a promoção de qualidade no nosso sistema educativo exigiria, com a maior brevidade, a definição de dispositivos de apoio aos alunos que procedessem capazmente à avaliação das dificuldades logo no seu início e desenvolvessem estratégias de apoio eficazes a alunos e professores. Penso que seria também importante repensar as ofertas no âmbito da Escola a Tempo Inteiro. Para além do esforço a fazer no sentido de permitir que as famílias tivessem mais tempo para os filhos, através da reorganização do trabalho, por exemplo, é imprescindível que aquelas actividades percam o seu carácter “escolar” e diversifiquem o tipo de tarefas em que as crianças se envolvem, considerando o número excessivo de horas que passam na escola. Parece ainda importante que, considerando a diversidade da população escolar se incentive e ajude os professores à diversificação de metodologias. Finalmente, sem um modelo sério e competente de avaliação dos professores e de autonomia das escolas, parece-me impossível o desenvolvimento qualitativo do nosso sistema educativo que, falhando sistematicamente as oportunidades proporcionadas aos alunos, ficará refém de sucessivas e remediativas Novas Oportunidades.
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