Tendo sido solicitada pelos representantes dos professores realiza-se na próxima semana uma negociação suplementar com o ME face à ausência de acordo após as reuniões já realizadas.
Cumpre-se hoje um novo período de
greve e a natureza dos problemas envolvidos, o cansaço e desânimo que os
professores sentem, a injustiça e desvalorização de que se sentem alvo, o
mal-estar acrescido pela manutenção de
discursos e intervenções erráticas por parte da tutela e o recurso a
procedimentos que, mais do que esclarecer ou contribuir para a solução,
agudizam o confronto não favorecem a possibilidade de concertação e confiança.
O clima das escolas está significativamente
alterado e, naturalmente, com impacto no trabalho de alunos, professores, funcionários,
técnicos, direcções. Muitos estudos mostram uma relação relevante entre
qualidade educativa em diferentes parâmetros e múltiplas dimensões do clima
institucional.
Importa que o processo em curso
gere a possibilidade de um acordo que possa devolver alguma tranquilidade às
comunidades educativas.
Como parece claro, a única forma
de ultrapassar este cenário, é a negociação e esta não pode ser de serviços
mínimos, o que está em jogo é demasiado importante.
Reafirmo a ideia de que os
sistemas educativos considerados como tendo melhor qualidade, independentemente
dos critérios de análise, são, em regra, os que mais valorizam os professores,
em termos sociais, em termos profissionais e também no estatuto salarial.
A defesa da qualidade da educação
e da escola, pública e também privada, passa incontornavelmente pela defesa e
valorização das condições de trabalho, em diferentes dimensões, que
possibilitem que o desempenho de escolas, professores, directores, técnicos,
funcionários, alunos e pais tenha o melhor resultado possível.
O futuro passa pela educação e
pela escola, donde ... abandonemos um tempo de serviços mínimos e criemos um
tempo de entendimento, não precisa de ser máximo, apenas um entendimento justo.
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