No DN encontra-se a referência a um trabalho interessante realizado por investigadores do ISCTE e do Instituto Cultura y Sociedad da Universidade de Navarra, sobre a utilização do telemóvel por jovens adultos.
Um primeiro dado relevante mostra, sem surpresa, uma maior
propensão dos mais jovens para a utilização do telemóvel para fins sociais o
que poderá associar-se ao desenvolvimento de comportamentos aditivos que já
surgem de forma significativa e preocupante.
É também de considerar que 30,1% dos inquiridos revelam ter
uma utilização problemática do telemóvel e destes, 41,9% expressam níveis de bem-estar baixos.
O trabalham revelou o utilização média diária do telemóvel
durante 5 horas e 35 minutos, e a troca de mensagens é a actividade mais
recorrente, 2 horas e 27 minutos.
São múltiplos os estudos que evidenciam indicadores desta
natureza o que pode ser considerado mais um sinal dos tempos e sublinham a necessidade de estarmos atentos à utilização excessiva destes equipamentos e aos riscos associados.
Apesar deste aparato comunicacional e sem querer minimizar
os óbvios e imensos lados positivos deste fenómeno creio, no entanto, que muitas crianças,
adolescentes, jovens e adultos, mascaram o mal-estar e a solidão em que vivem e ou
que sentem através, por exemplo, da troca de centenas de SMS que, em algumas
circunstâncias, são mais SOS que SMS, ou seja, no fundo dirão "Sinto-me
Muito Só e tu?"
Creio que precisamos de estar mais atentos para que o mundo
da comunicação através de SMS, ou das redes sociais da net, não substitua o
mundo da comunicação real, entre pais e filhos, por exemplo, ou entre as
pessoas de uma forma geral. Os riscos, conforme o estudo citado acima, são
claros.
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