Muitos de nós temos uma relação com a informática apenas funcional e em patamares básicos. Somos o que eu costumo considerar como utilizadores conservadores, utilizamos estes recursos apenas na exacta medida das nossas necessidades e sem grande investimento. Para me sossegar, lá vou pensando que não somos capazes de nos interessarmos por tudo e ter sempre um bom desempenho.
Neste cenário, acontece, não
raras vezes, deparar-me com algumas dificuldades ou pior, pois fico mais
atrapalhado, esbarrar com uma mensagem ou aviso indecifráveis para os meus
conhecimentos. As pessoas mais sabedoras a quem peço ajuda dizem-me muitas vezes
qualquer coisa do tipo, “faz um "reset" que isso passa”. E não é que
às vezes passa?! Aí não fico com a auto-estima muito bem tratada.
A propósito desta experiência, de
que me socorri há minutos devido a uma misteriosa “recusa” do meu PC em
obedecer às minhas sábias ordens, estava a lembrar-me como era bom podermos promover
um "reset" em algumas circunstâncias da vida dos miúdos e mesmo na
nossa, já mais velhos.
Já pensaram no extraordinário que
seria nós podermos com um Ctrl+Alt+Del reiniciar, apagando, uma situação
difícil de aprendizagem, um episódio mais complicado na sala de aula ou uma
qualquer experiência de vida pesada ou violenta a que muitas crianças e jovens
não conseguem escapar e que alguns não conseguem mesmo ultrapassar? Com as
devidas cautelas seria uma ferramenta fantástica.
A questão é que, como costumo
dizer, para o melhor e para o pior, os miúdos continuam a não ser
providenciados à família, à comunidade e à escola com manual de instruções. Por
isso, às vezes, sentimos dificuldades para os entender e ajudar.
A lembrança destas notas no Dia de
Portugal foi, evidentemente, uma coincidência.
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