Apesar de me parecer assentar numa generalização que não creio existir, merece leitura e reflexão o texto de Joana Petiz no DN, “Levem os miúdos para rua”.
Na verdade, muitas vezes aqui tenho abordado esta questão, são conhecidos múltiplos estudos que referem o mal-estar e alterações
na saúde mental de crianças e adolescentes, mas também de adultos, no quadro da
pandemia. Os confinamentos a que se associaram os períodos de isolamento, a
falta de rede social dos pares ou as dificuldades de diversa ordem sentidas nos
contextos familiares terão dado um contributo significativo. Os dados mais
recentes acentuam a importância desta matéria.
Deste quadro resulta a necessidade e urgência de atenção a
estas questões, não desvalorizando nem sobrevalorização e considerando o
contexto escolar, bem como contexto familiar e comunitário.
O impacto da pandemia nas aprendizagens tem sido muito
referido e está a ser objecto de um plano específico, Plano 21/23 Escola + que,
esperamos, mobilize os recursos e as intervenções necessárias aos que se propõe
embora sejam conhecidos sobressaltos e dificuldades. Seria importante que a
esta recuperação no plano das aprendizagens estivesse associada a uma forte
preocupação com outros aspectos muito importantes no bem-estar e
desenvolvimento global de crianças e jovens com os apoios e recursos
necessários.
Como já tenho escrito, crianças e jovens que passam mal, não
aprendem, vivem pior e correm riscos sérios de comprometer o futuro pelo que os
apoios e resposta não podem, não devem, falhar.
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