Eu acho que é difícil escrever sobre a minha casa, mas vou tentar.
A minha casa em alguns dias é uma casa grande, noutros dias
é uma casa pequena. Às vezes nem consigo perceber muito bem se é pequena ou
grande. A minha casa tem muita gente, os meus pais, a minha irmã Maria e o
Daniel, o meu irmão, e às vezes vem mais família e amigos e então parece
pequena. Muitos dias a minha casa está muito vazia, não aparece ninguém, é
quando ela parece muito grande.
Eu quase sempre gosto de estar na minha casa, tenho as
coisas de que gosto e preciso, mas às vezes sinto-me um bocado só. Olho à volta
e não vejo ninguém. Quando minha casa me faz sentir mais só fico com algum
medo, não sei bem de quê, falo com os meus amigos e eles, quase todos, também
dizem isso.
A minha casa é bonita, eu acho, embora nos dias mais
escuros, quando está vazia e me parece grande eu não gosto assim muito dela e
acho-a feia. Até tenho vontade de mudar de casa, mas sei que não posso.
Eu e os meus amigos encontramo-nos na minha casa e umas
vezes ficamos contentes, outras vezes falamos das coisas mais aborrecidas e já
não fica tão bem, até parece que não gostamos das nossas casas.
Professora, não diga à Diana, mas eu gostava que ela também
estivesse mais tempo na minha casa. Acho que ela ia gostar e a minha casa
ficava melhor.
E é assim a minha cabeça. É a minha casa.
Francisco, nº 5, 8º B
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