domingo, 20 de março de 2022

DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

 Merece leitura e reflexão o texto de Paulo Guinote dedicado à formação de professores colocado no seu blogue.

A propósito umas notas breves. No nosso sistema é habitual um padrão de atribuição causal muito centrado nos professores em matéria de dificuldades sentidas no universo da educação. É sempre responsabilidade dos professores pelo que a proliferação da oferta de formação em todos os formatos e duração, para além do nicho de mercado que constitui, parece ser a grande solução.

Como aqui escrevi há algum tempo, é verdade que a formação de professores, inicial e contínua, é uma matéria em permanente discussão em qualquer sistema educativo. As mudanças rápidas e significativas nas sociedades actuais têm também implicações nas escolas, no que ensinam (educam), como ensinam (educam), a quem ensinam (educam), como avaliam, etc.

As abordagens teóricas, os conceitos, as metodologias e didácticas fazem parte da formação inicial e entram na formação contínua como ferramentas de resposta e de actualização da mesma aos problemas e necessidades dos docentes que, naturalmente, vão sofrendo ajustamentos. É, pois, na clareza da identificação de dificuldades e desafios percebidos nas escolas pelos professores que deve assentar o desenho da oferta formativa.

Parece-me claramente necessária uma reflexão global sobre a formação contínua nos seus diferentes aspectos. De caminho talvez fosse de pensar também na formação inicial.

Devo ainda referir que desde há muitos anos colaboro em inúmeras iniciativas no âmbito da formação de professores em diferentes formatos e duração, inicial e contínua, pelo que me sinto envolvido directamente neste universo e certamente também comprometido com as questões que se colocam.

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