É difícil não me lembrar a cada 8 de Março, Dia internacional da Mulher.
Há catorze anos, também num dia 8 de Março, escrevi no
Atenta Inquietude este pequeno texto a que chamei “Um dia no feminino”.
“A história tem páginas curiosas. Hoje escreve-se uma
delas. Numa sociedade em que o género ainda é factor de discriminação negativa,
no Dia Internacional da Mulher, cerca de 100 000 docentes, na sua maioria
mulheres, protestam contra a política dirigida por uma mulher.
Entre as razões para o protesto figuram “tratamento
indigno”, “medidas ofensivas e desrespeitadoras”, “humilhação”, etc. Segundo os
relatos, muitas destas mulheres protestam na rua pela primeira vez.
Será que os tempos estão mesmo a mudar?
Já o velho Dylan dizia que sim.”
Sim os tempos mudaram, o tempo não pára. Mas será que
mudaram significativamente para os Professores? As marcas de Maria de Lurdes
Rodrigues e as marcas de Nuno Crato permanecem. Boas? Más?
E o que se seguiu e os dias que estão a acontecer?
Os Professores sentem-se melhor que há catorze anos? Mais
valorizados? Mais apoiados? Mais recompensados e reconhecidos? Mais preparados?
Tenho medo das respostas. Gostava de não ter.
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