segunda-feira, 5 de abril de 2021

A AVOZICE AINDA CONFINADA

 O dia de hoje é naturalmente marcado por mais uma etapa no processo de desconfinamento. Por razões óbvias parece-me de sublinhar o regresso às escolas dos alunos do 2.º e 3.º ciclos do básico.

Muito haveria para conversar sobre esta questão, em particular, considerando o que vai pela imprensa, fica para os próximos dias, não perde actualidade.

É que o meu olhar sobre o dia de hoje está centrado em mais um marco na minha viagem pelo mundo mágico da avozice.

O meu neto pequeno, o Tomás, completa cinco anos e eu também completo hoje cinco anos de avô duplo, o neto grande, o Simão já vai nos sete anos.

De manhã passámos lá por casa para deixar as esperadas prendinhas, para o Tomás e para o Simão que, surpreso, depois também percebeu que fazia anos, há cinco anos que é irmão o que também é de registar.

Perguntei ao Tomás se sempre ia fazer os cinco anos e precisava de ajuda. Respondeu com ar sério a olhar para mim, “Não Avô, vou fazer seis, cinco já fiz hoje”.

É Neto, já não consigo acompanhar o tempo, voa(s).

Não vamos ter a festa de aniversário, vamo-nos ver e falar e, certamente, cantar os “Parabéns” para que o Tomás sopre as velas, ainda dos cinco anos apesar da pressa e provavelmente também com a ajuda do sopro do Simão.

Não, não é a mesma coisa, é a vida possível nos tempos que atravessamos.

Mas está prometido Netos, quando o bicho se for embora vamos fazer uma festa grande e trocar abraços, palavra de Avós.

E são, também assim, os dias de uma avozice confinada.


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