O episódio de ontem em Guimarães envolvendo o jogador
Marega, bem como as sucessivas referências a situações de violência associadas
a racismo, intolerância e discriminação ou ainda a emergência de uma sinistra figura
no Parlamento com o mesmo tipo de discurso mostram como o ovo da serpente foi
incubando.
Com mais serenidade que a verificada nestes dias seria bom que percebêssemos como embalados e crentes no mito do país de brandos costumes e tolerante à diferença, de gente boa e
hospitaleira, fomos acreditando ou querendo acreditar que “isso” são coisas de outras
latitudes, deixámos que se criasse o ambiente que foi preparando a eclosão do ovo.
Agora qualquer “gatilho” fará espoletar comportamentos como os de ontem ou de outras situações recentes. Muitos dos discursos que que ocupam o espaço mediático e algumas iniciativas não passam de exercícios de retórica temperada com hiprocrisia e tentativas de apanhar apressadamente o comboio da História. Já deveriam ter acordado.
Lamentavelmente, acho que nos teremos de preparar para novas
“venturas” no seu sentido de perigo e risco.
Onde é que falhámos? E o que estamos a fazer com os mais novos para que não seja este o caminho?
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