Era uma vez um rapaz chamado
Viajante. A todo o tempo contava as inúmeras viagens que, dizia ele, realizava
com frequência. Os colegas ficavam atentos a ouvir o Viajante falar das suas
andanças.
Contava coisas extraordinárias e
mirabolantes sobre os sítios e terras para e por onde as viagens o levavam.
Explicava com muitos pormenores as pessoas estranhas que encontrava. Tinham,
por exemplo, uma linguagem diferente que muitas vezes não percebia e também, às
vezes, se comportavam de uma forma a que ele e os colegas não estavam
habituados.
Passava por terras que não eram
nada parecidas com a terra onde viviam e o Viajante descrevia de forma
minuciosa e ilustrada como eram essas terras.
Tinha quase sempre viagens novas
para relatar e os colegas até sentiam uma pontinha de inveja por tantas viagens
que o Viajante fazia.
Curiosamente, não percebiam que a
quase totalidade das viagens que o Viajante lhes contava eram realizadas quando
estava sentado na sala de aula a olhar para a janela. Distraído ou na Lua, como
diziam os professores que não apreciavam assim muito as viagens.
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