Era uma vez uma Mãe de um Rapaz. Era o seu primeiro filho e toda a vida sonhara ser mãe. Não havia no mundo mãe que gostasse mais de um filho que esta Mãe. Não havia no mundo mãe mais preocupada que esta Mãe. Não havia no mundo mãe mais atenta que esta Mãe. Não havia no mundo mãe mais presente que esta Mãe. Não havia no mundo mãe mais disponível que esta Mãe. Não havia no mundo mãe mais próxima do filho que esta Mãe.
Só que o Rapaz parecia desconfortável e às vezes, cada vez mais vezes, reagia mal a tanta mãe. A Mãe começou a ficar perplexa e perdida, e com o tempo, ainda mais perplexa e perdida. Um dia encontrou no parque aquele Velho que sabia ler as pessoas que, quando a ouviu, pensou alto.
"Por mais que a gente goste dos filhos, eles não podem ser usados e guardados só no coração. Também têm de ser usados e guardados na cabeça e nos olhos. Demasiado perto os olhos não conseguem ver bem e, por isso, a cabeça não entende”.
Naquela noite ao jantar, a Mãe, ao ver o Rapaz do outro lado da mesa, reparou como ele estava crescido e tinha uns olhos bonitos. Como os dela, que já viam.
Só que o Rapaz parecia desconfortável e às vezes, cada vez mais vezes, reagia mal a tanta mãe. A Mãe começou a ficar perplexa e perdida, e com o tempo, ainda mais perplexa e perdida. Um dia encontrou no parque aquele Velho que sabia ler as pessoas que, quando a ouviu, pensou alto.
"Por mais que a gente goste dos filhos, eles não podem ser usados e guardados só no coração. Também têm de ser usados e guardados na cabeça e nos olhos. Demasiado perto os olhos não conseguem ver bem e, por isso, a cabeça não entende”.
Naquela noite ao jantar, a Mãe, ao ver o Rapaz do outro lado da mesa, reparou como ele estava crescido e tinha uns olhos bonitos. Como os dela, que já viam.
2 comentários:
Estava eu no primeiro ano da faculdade, no primeiro semestre, com os meus recentes amigos, quando vejo entrar na cantina da cidade universitária uma senhora, que deslocando-se directamente ao balcão, começou a recriminar as funcionárias sobre a qualidade das refeições servidas, dizendo que o seu filho não estava habituado àquele tipo de comida. O filho, que nunca cheguei a saber de que curso era, limitava-se a estar a seu lado, cabisbaixo, extremamente envergonhado. Os presentes sentiram como sua a humilhação daquele colega e não se ouviu um único riso. Mas nunca mais o voltei a ver na Cantina.
Chamo a essas mães-abafadores-de-bule, à semelhança de um acessório que me lembro de ver em casa da minha avó: feito de tecido acolchoado que se punha sobre o bule do chá para o manter sempre quentinho.
Infelizmente, acredito que todas as mães sofrem um pouco desse síndroma (eu, incluída, claro! rss), mas, tal como a mãe da sua história, acabam por aprender à sua própria custa ou por influência do homem Velho e Sábio que os nossos filhos não são bules de chá.
Que liiindo!
:)
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