Era uma vez um homem chamado Amargo. Parecia estar sempre zangado, tudo e todos pareciam aborrecê-lo. Não gostava de gente pequena porque só faz barulho e disparates, nem de gente grande porque nada de interessante tem para mostrar. Com os colegas de trabalho falava apenas o necessário, não os achava merecedores de maior atenção. É claro que vivia sozinho, ninguém que pudesse cativá-lo se tinha cruzado com ele. Pensava que toda a gente que para ele olhava imediatamente decidia arreliá-lo. O mundo, acreditava, não o entendia e estava contra ele.
Não vivia feliz, não compreendia porque tudo lhe parecia tão desagradável, sobretudo as pessoas.
Um dia, em casa, estava a olhar para o espelho como muitas vezes fazia e, de forma surpreendente, a sua imagem começou lentamente a transformar-se num enorme limão. Engoliu em seco e percebeu então como ele próprio tinha um sabor tão azedo. Nunca tinha dado por isso, mas era impossível de aguentar.
Não vivia feliz, não compreendia porque tudo lhe parecia tão desagradável, sobretudo as pessoas.
Um dia, em casa, estava a olhar para o espelho como muitas vezes fazia e, de forma surpreendente, a sua imagem começou lentamente a transformar-se num enorme limão. Engoliu em seco e percebeu então como ele próprio tinha um sabor tão azedo. Nunca tinha dado por isso, mas era impossível de aguentar.
1 comentário:
Há tanta gente amarga por aí! Basta olhar para eles (e elas) e perceber de que modo aumentou a produção nacional de limões. Quem será o responsável? O governo? A família? Os vizinhos? O patrão? A vida? Para mim, o único problema é que estes limões, tais como quaisquer outros produtos que surgem assim "contra natura", não têm, nem de longe, as características dos originais. Falta-lhes aquele sumo generoso que torna a limonada a minha bebida preferida destes dias quentes de Verão...
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