Hoje redimimo-nos. Nelson Évora é campeão olímpico do triplo salto. Esmagou a concorrência, aguentou a chuva e um país às costas (disse aquele senhor, o Dr. Laurentino) e, sobretudo porque é bom e trabalha para isso, vamos ter, esta é linda, a bandeira das quinas a subir no mastro olímpico ao som da Portuguesa, o espelho do nosso contentamento no Ninho de Pássaro. Bem-haja Nelson Évora e uma palavra de apoio à carreira da Naide Gomes. Devo dizer que estranho o tempo que demorámos a atingir neste nível nesta área, os saltos, pois temos uma longa e consistente tradição na matéria. Vejamos alguns exemplos sem a preocupação de ordenar ou esgotar as referências.
Na primeira metade do século passado, época triste cá no burgo, milhares e milhares de portugueses foram a salto para outros países, fugindo a destino sem esperança, movimento que, aliás, parece estar em relançamento. Lembrem-se também do sobressalto que atirou Oliveira Salazar da cadeira e baralhou o regime. Recorde-se o assalto ao quartel do Carmo, acto simbólico do 25 de Abril de 74. É também de referir a histeria que se instala sempre que se junta um qualquer grupo em qualquer circunstância, e alguém começa a gritar “quem não salta é …”, o que leva o pessoal a desatar aos saltos com um ar meio alucinado. E os saltos que as estatísticas têm dado na mão deste governo. E os saltos e outros movimentos que o pessoal tem que fazer para sobreviver. E os saltos que damos sempre que ouvimos figuras como Mário Lino ou Vitalino Canas, Alberto João ou Santana Lopes, Paulo Portas ou Teresa Caeiro, Bernardino Soares ou sermões de Francisco Louçã. E o salto do Vale e Azevedo para o bem bom em Londres. E os assaltos em crescente presença no nosso quotidiano. E os salta-pocinhas que por aí andam a infernizar a vida do pessoal. Poupemos o espaço.
Estou mesmo convencido de que somos um país com um elevadíssimo potencial nesta área dos saltos, basta continuar a treinar. Por mim, vou dar um salto para a caminha, onde, a esta hora é que estou bem.
Na primeira metade do século passado, época triste cá no burgo, milhares e milhares de portugueses foram a salto para outros países, fugindo a destino sem esperança, movimento que, aliás, parece estar em relançamento. Lembrem-se também do sobressalto que atirou Oliveira Salazar da cadeira e baralhou o regime. Recorde-se o assalto ao quartel do Carmo, acto simbólico do 25 de Abril de 74. É também de referir a histeria que se instala sempre que se junta um qualquer grupo em qualquer circunstância, e alguém começa a gritar “quem não salta é …”, o que leva o pessoal a desatar aos saltos com um ar meio alucinado. E os saltos que as estatísticas têm dado na mão deste governo. E os saltos e outros movimentos que o pessoal tem que fazer para sobreviver. E os saltos que damos sempre que ouvimos figuras como Mário Lino ou Vitalino Canas, Alberto João ou Santana Lopes, Paulo Portas ou Teresa Caeiro, Bernardino Soares ou sermões de Francisco Louçã. E o salto do Vale e Azevedo para o bem bom em Londres. E os assaltos em crescente presença no nosso quotidiano. E os salta-pocinhas que por aí andam a infernizar a vida do pessoal. Poupemos o espaço.
Estou mesmo convencido de que somos um país com um elevadíssimo potencial nesta área dos saltos, basta continuar a treinar. Por mim, vou dar um salto para a caminha, onde, a esta hora é que estou bem.
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