Segundo o INE, enquanto o número global de casamentos diminuiu 16.6% entre 2001 e 2005, o número de casamentos em que um dos cônjuges é estrangeiro, duplicou no mesmo período. As razões, não referidas na notícia do Público, podem ser de natureza diversa. Muitos dos imigrantes que acolhemos são oriundos de países de forte influência religiosa, pelo que as ligações que estabelecem são ao abrigo do sagrado laço do matrimónio e não alinham nessas modernices das uniões de facto, que são como as massagens, “sabemos como começam, mas não sabemos onde vai parar”. Uma outra hipótese, dizem algumas más-línguas, remete para o facto de o casamento ser um bom expediente para a regularização da situação de imigrante. Eu não acredito, as pessoas só se casam quando existe um verdadeiro e, espera-se, eterno amor. Finalmente, também poderá acontecer que esta situação se explique com aquela atávica ideia de que “se é estrangeiro, é bom” e então, casamos mesmo.
De qualquer forma esta atitude de abertura dos portugueses e portuguesas é bonita, até porque, como é sabido, verifica-se um movimento na Europa dificultando a imigração, de que é exemplo a Directiva de Retorno.
De qualquer forma esta atitude de abertura dos portugueses e portuguesas é bonita, até porque, como é sabido, verifica-se um movimento na Europa dificultando a imigração, de que é exemplo a Directiva de Retorno.
2 comentários:
O material tem sempre razão.
Abraço
A.C.
Outra causa que poderá estar subjacente ao aumento de casamentos em que pelo menos um dos nubentes é imigrante também pode estar directamente relacionada com o aumento significativo do número de imigrantes chegados a Portugal nesse mesmo período (18%). Aliás, o PÚBLICO refere mesmo que quase 3/4 desses imigrantes têm menos de 40 anos, "idades activas em que as pessoas estão mais predispostas para o casamento".
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