A tradição ainda é o que era apesar de algumas mudanças. O estudo da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e Trabalho mostrando que temos a segunda maior diferença salarial entre homens e mulheres não surpreende. Recorde-se que só este ano foi definido um calendário para acabar com a discriminação salarial na indústria corticeira. Em termos de valores e cultura seria interessante a realização de um estudo junto da opinião pública no sentido de aferir qual o nível de aceitação/recusa desta situação. Provavelmente, os resultados não seriam os politicamente correctos, e ajudariam a explicar a manutenção deste quadro. A realidade, muitas vezes, não é a projecção dos nossos desejos.
Neste contexto pode parecer descabida a referência, mas hoje também ficámos a saber que o número de mulheres vítimas mortais de violência doméstica até Agosto deste ano, já é superior ao número global de 2007. No entanto, creio que se trata de uma outra face do mesmo problema. Existem áreas dos valores que demoram gerações a alterarem-se e exigem esforços colectivos, designadamente, nos processos educativos. Enquanto não, é esta a realidade, não o que gostaríamos que fosse a realidade.
Neste contexto pode parecer descabida a referência, mas hoje também ficámos a saber que o número de mulheres vítimas mortais de violência doméstica até Agosto deste ano, já é superior ao número global de 2007. No entanto, creio que se trata de uma outra face do mesmo problema. Existem áreas dos valores que demoram gerações a alterarem-se e exigem esforços colectivos, designadamente, nos processos educativos. Enquanto não, é esta a realidade, não o que gostaríamos que fosse a realidade.
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