Apesar de uma vivência suburbana pura e dura, os dias mantêm, felizmente, a capacidade de nos surpreender pela positiva. Em muitas das precisões cá de casa abastecemo-nos num mercado pequenino onde sou cliente habitual do Sr. João, para o peixe, e da D. Irene e do Sr. Manel para os legumes e fruta que o meu Alentejo não providencia. É uma gente boa e simpática que tem a generosidade de me tratar bem, evitando o Sr. João que escolha menos bem o peixe e ainda aconselha a forma de o arranjar, encontrando-me o Sr. Manel e a D. Irene produtos da época e de produção portuguesa, pois aqui sou fundamentalista. Mas o bocadinho que me compôs o dia passou-se com o Sr. Manel, homem com quase dois metros de altura e bem acima dos 100 Kg. Comprei um melão, excelente, de Moura e um pão que ainda sabe a pão. Quando me preparava para pagar, diz-me o Sr. Manel com uns olhos a brilhar lá de cima daquele tamanho todo, “então amigo, hoje não leva cheirinhos?”.
Acho bonito quando a gente começa o dia com alguém a perguntar-nos se queremos cheirinhos. Parecendo que não, hortelã, poejos, coentros, salsa, temperam também a alma.
Acho bonito quando a gente começa o dia com alguém a perguntar-nos se queremos cheirinhos. Parecendo que não, hortelã, poejos, coentros, salsa, temperam também a alma.
1 comentário:
cheguei aqui pelas mãos de "umaventurasocial" .
parabéns e voltarei...para ler mais cheirinhos:)
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