Foram divulgados ontem dados relativos a um inquérito realizado pela Fenprof que envolveu 4471 docentes de do 2.º, 3.º ciclo e secundário. Vejamos alguns dados.
Os professores os docentes do 2.º
e 3.º ciclos e do ensino secundário trabalham 50 horas e 15 minutos.
De entre os professores
inquiridos, metade tem menos de cinco turmas atribuídas, um em cada cinco
docentes, 19,5%, tem sete ou mais turmas atribuídas e 4,2% dos dos docentes leccionam
11 ou mais turmas.
Considerando o número de alunos, 43,2%
dos professores têm mais de 100 alunos, 38% tem entre 100 e 200 estudantes e os
restantes 5,3% têm mais de 200 alunos.
A este cenário acresce uma carga
de burocracia asfixiante que de há muito é um dos problemas que inferniza o
quotidiano de escolas e professores.
Estes dados mostram “apenas” mais
alguns retratos da vida desafiante de muitos dos que tentam cumprir-se, ser
professores.
Não há muito a acrescentar ao que
aqui tantas vezes tenho escrito e ao que conhecemos. É mau demais, não é uma
fatalidade, não é uma surpresa.
Trata-se “apenas” da negligência
e incompetência de vários anos de políticas públicas nestas matérias.
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