Segundo o ME, “A 29 de dezembro,
estavam sem professor a pelo menos uma disciplina 1.161 alunos". Esta nota
divulgada pelo ME será para contrapor à divulgação pela Fenprof da informação,
lê-se no DN, que 40 000 alunos recomeçaram as aulas sem terem todos os
professores. A Fenprof afirma também que quase 2.000 alunos têm um professor em
falta desde o início do ano, ou seja, têm uma disciplina a que nunca tiveram
aulas.
Sendo certo que o número, maior ou menor, de alunos sem professores assegurados para todas as disciplinas é
importante, o que me parece verdadeiramente preocupante é mesmo existirem no
início do segundo período alunos sem professor a todas as disciplinas.
Há décadas que a falta de
docentes era identificada e anunciada em múltiplos estudos e relatórios e
sucessivas equipas ministeriais, para além de más políticas públicas que
afastaram milhares de professores das escolas, ainda negavam a evidência e se
proclamava o mantra dos “professores a mais”.
A situação actual mostra essa
responsabilidade que, como sempre, ninguém assume e, também como sempre,
sabemos para quem sobram os efeitos, o ensino e a educação dos alunos.
Muitas vezes afirmo que professores e alunos constituem dois grupos que sustentam o futuro das comunidades, os alunos porque são eles mesmo o futuro, os professores pelo função que assumem na formação dos alunos, donde, do futuro.
Talvez seja também por razões
desta natureza que na iniciativa da Porto Editora, identificação da palavra
de Ano, a escolha tenha sido “PROFESSOR”.
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