Umas notas assentes em Sebastião da Gama, "Pelo sonho é que vamos".
Estamos já em 2024, no Ano Novo.
Acabaram os dias em que todas as falas e todos os escritos finalizavam num
incontornável Bom Ano Novo. Muitos de nós fizemos mesmo questão de nos
prepararmos a sério para bem recebermos o Ano Novo, de acordo com as posses e
os valores de cada um, evidentemente. Desejo que as entradas tenham sido
felizes.
O Ano que agora começou também
virá de acordo com as posses de cada um.
É sempre assim. E se não fosse?
E se por uma vez, finalmente, o
Ano Novo fosse mesmo Novo? Por exemplo:
Ser Novo no respeito efectivo
pelos direitos básicos das pessoas e no combate sério e empenhado às
desigualdades e à exclusão e pobreza.
Ser Novo na gestão da coisa
pública com transparência, justiça e ao serviço das pessoas.
Ser Novo na definição de
políticas dirigidas às pessoas e não ao sabor dos endeusados mercados e da
agenda da partidocracia.
Ser Novo no entendimento
definitivo de que o caminho do nosso futuro passa pela sustentabilidade e pela
dignidade.
Ser Novo no recentrar das grandes
questões da educação na qualidade dos processos educativos, na tranquilidade,
na valorização e no sucesso do trabalho de alunos e professores.
Ser Novo na construção de uma
escola onde coubessem todos os alunos sem que o cumprimento de direitos e a
qualidade da resposta pública a todos os que estão na idade de a frequentar
pudesse, sequer, ser motivo de discussão.
Ser Novo no combate ao
desperdício e à iniquidade de mordomias insustentáveis.
Ser Novo nos discursos e padrões
éticos das lideranças políticas, económicas e sociais.
Ser mesmo Novo, estão a ver?
Que o Ano Novo vos (nos) seja
leve.
Tão leve e tão novo quanto
possível.
Há já uns anos coloquei umas
notas parecidas com estas … não resultou. O Ano Novo que estava para chegar não
foi tão novo assim, aliás, em muitos aspectos nasceu e viveu velho. O mundo
tornou-se um lugar ainda mais mal frequentado.
Será 2024 um Ano Novo?
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