Nas duas últimas semanas chegaram as primeiras chuvas ao Alentejo. Pode dizer-se que se cumpriu a tradição de termos chuva na Feira d´Aires que se realiza este fim-de-semana neste canto alentejano, na quinta-feira caiu uma chuva grada.
Este ano tivemos a presença dos
netos que não quiseram perder o concerto do Pedro Mafama de ontem à noite.
Vieram entusiasmados, acho que foi a sua primeira experiência de um concerto ao
vivo, ao ar livre e de alguma dimensão. Vieram entusiasmados e levam que contar
amanhã na escola.
Desde há muitos meses, demasiados
meses, que não chovia e o calor foi áspero. A terra gretada e desesperada por
água agradeceu, já está a mudar de cor. É uma terra milagrosa, uns dias de chuva
e o pasto já está a nascer e vai ganhando um verde que é vida e rapidamente vai substituindo o castanho.
Deu para fabricar um bom bocado
de terra para semear pasto e começar a preparar a horta, as diferentes espécies
de couve que compõem os pratos de Inverno e algumas alfaces já estão na terra.
O cheiro da terra molhada a ser fabricada é redentor e assinala um novo começo.
Seria desejável que este novo começo fosse mais amplo.
Também por esta altura é também o temo de começar a apanha das nozes, mas parecem atrasadas, ainda não estão a abrir o invólucro, vamos
aguardar.
Estamos quase a acabar a limpeza
dos “pés de burro” das oliveiras, os rebentos que surgem na base do tronco e à sua
volta. Com enxada ou sacho forte e tesoura de podar o trabalho faz-se.
As oliveiras, que considero as
árvores mais bonitas do nosso património, ficam ainda mais bonitas e mais fortes
quando limpas e tem a vantagem de ser mais fácil estender os panos para colher
a azeitona lá mais para a frente. Este ano parece bem encaminhado.
E são assim os dias do Alentejo
ainda que limitados pelas maleitas que a vida vai trazendo.
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